quinta-feira, 14 de agosto de 2014



O caminhar, o cascalho e nós...

Puxa! Como você está perfumado! Exclamou o cascalho do jardim para o canteiro de camomilas, que ficava debaixo da janela. É porque alguém pisou em nós, explicaram as camomilas. Ah, quando pisam em vocês, ficam assim? Continuou o cascalho. Pois quando pisam em mim, não acontece nada disso. Somos de natureza diferente, continuaram as flores. Quando alguém caminha sobre uma estradinha de cascalho, ela fica cada vez mais compacta. Mas, quando alguém passa sobre nós, o resultado é esse. Se alguém nos pisa e nos esmaga quando o orvalho está sobre nós, soltamos esse doce perfume que agora lhe parece tão agradável. Muito agradável mesmo! Replicou o cascalho.Tanto o crente como os homens do mundo passam por tribulações. Se estes, por causa delas, se tornam amargos e endurecidos, os crentes passam a ser mais maduros e mais semelhantes a Cristo. Isso acontece porque os dois têm natureza diferente.

Ó bela rosa, por favor, me dize,
pois eu gostaria de saber.
Por que preciso esmagar tuas pétalas,
para que exales esse doce perfume?

Ah, vida, és revestida de beleza!
Talvez como aquela linda rosa,
precises ser esmagada pelo sofrimento,
para que possas exalar o que há de melhor em ti.

Uma vida esmagada pela tristeza
sabe entender melhor a tristeza de outrem
e enviar-lhe o doce perfume do amor,
que lhe comunicará algum alívio.

Ah, amigo, não te queixes de tua prova,
quando tiveres de suportar a vara.
Isso é para que a vida seja mais doce,
e essa correção vem da mão de Deus.

Ele sabe o quanto precisamos
de tristeza, de sofrimento ou prova.
E só envia a seus filhos
aquilo que sabe ser melhor para nós.

Então, vamos nos regozijar quando ele nos mandar
alguma tristeza ou adversidade para nos provar.
Alegremo-nos em ser esmagados como a pétala de rosa,
para que um perfume ainda mais doce possamos exalar. 

Livro: Mananciais no deserto

Autor: Lettie Cowman

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