A formação da auto-estima tem sido um tema bastante discutido nos estudos das ciências humanas, em especial na áreas de psicologia e educação, mas pouco focado como uma questão de saúde pública.
Possíveis correlações entre a vivência de situações de violência doméstica ou social e construções de auto-estima. Como leitores, somos levados a ir montando um grane caleidoscópio de como a auto-estima se forma a partir de olhares, do outro e de nós mesmos, e das experiências vividas.
Os fatores que contribuem para a sua formação n infância e adolescência, as implicações que a auto-estima tem na construção da personalidade e seus reflexos na relação do indivíduo com o mundo.
A visão que os adolescentes têm de si, correlacionando-a com o nível de auto-estima, aferido baseando-se em uma escala de dez itens. Discute-se a ligação entre a auto-estima diversas questões como o conhecimento e valorização de si que estes jovens apresentam: a confiança que têm em sua força pessoal: a capacidade de almejar algo e de superar dificuldades. Seguindo esta linha de pensamento, é introduzido o conceito de resiliência, o qual irá permear a reflexão envolvendo violência e auto-estima.
O impacto que a convivência familiar produz na construção da auto-estima, bem como o modo como o jovem percebe e é percebido por seus familiares, são abordados por diversos ângulos. Desta maneira, consegue-se ter uma visão ampliada de como o relacionamento familiar e suas diversas nuances influenciam na construção da auto-estima.
Não podemos esquecer que independente do papel fundamental que a família exerce, a escola na sociedade atual significa um espaço não só de aprendizagem, mas também um local onde o jovem encontra, ou não, o pertencimento a determinado grupo social. Grupo este que vai permitir ocorram trocas, formação de opiniões e competências sociais, de modo formal e informal. Assim como a dinâmica do relacionamento familiar, as experiências escolares produzem forte impacto no desenvolvimento da criança e do adolescente.
A baixa auto-estima gera sofrimento e atrapalha o posicionamento do jovem no mundo. Estes jovens tornam-se vulneráveis, demonstrando com freqüência, sentimentos de inferioridade e insegurança, com tendência ao isolamento. Com isto, tendem a doenças emocionais e comportamentos de risco, inclusive de vida, o que segundo as autoras, justifica não apenas um olhar, mas ações efetivas de saúde pública.
Autora: Rosa Maria Araújo Mitre
Nenhum comentário:
Postar um comentário