quinta-feira, 7 de novembro de 2013

No campo da Psicologia


Meditação: a nova medicina preventiva
 
A meditação é a mais antiga técnica de autoajuda disponível
para os seres humanos com a finalidade de controlar e observar
a mente de maneira critica. Como medicina é um conceito novo,
mas as técnicas utilizadas fazem parte da antiga tradição de sabedoria da Índia. 
 A meditação se refere a uma variedade extremamente ampla de práticas que tem como objetivo central a alteração voluntária de estados e traços mentais. No entanto, as diferentes maneiras pelas quais se pode alcançar este objetivo  se diferem significativamente e, por isso, não há uma definição clara com plena aceitação universal. A meditação tem sido desenvolvida e praticada por razões diversas, incluindo o cultivo do bem-estar e equilíbrio emocional, assim como para fins religiosos. Dentre as práticas mais comuns estão a concentração na respiração, e recitação de um mantra, a visualização de imagens específicas, o cultivo do estado de compaixão, entre outras.

 Após 30 anos de pesquisa, o desenvolvimento de Medicina Alternativa do National Institute of Health, nos Estados Unidos, publicou um documento que conclui que a prática da meditação resulta em: alteração da atividade de ondas cerebrais, redução significativa do consumo de oxigênio, aumento da atividade do sistema parassimpático, redução da produção de cortisol, aumento da síntese de neurotransmissores como serotonina, dopamina e GABA, maior produção de endorfinas e melatonina, aumento da densidade cortical de regiões especificas e da produção de linfócitos e leucócitos. Na verdade, podemos interpretar todas estas mudanças psicofisilógicas, neuroquímicas e anatômicas como modificações expressivas do funcionamento de diversos sistemas no organismo, comparadas em potência, somente ao uso de determinados medicamentos.
 Todas estas mudanças acarretam em melhoras significativas da atenção e concentração e conseqüentemente da função cognitiva, aumento da sensação de calma, relaxamento e alegria espontânea, maior sociabilidade, melhores estados de humor, melhor sono e função imunológica. As implicações para a Psiquiatria são ainda maiores, já que a meditação pode representar um tratamento alternativo (primário ou secundário) de baixo custo com pouca ou nenhuma necessidade de atualização e com técnicas que podem ser incorporadas ao estilo de vida de qualquer indivíduo.
 Além disso, as mudanças de estado geradas pela prática podem se transformar em traços ou características consolidadas, prevenindo futuros episódios de ansiedade, depressão, estresse e doenças psicossomáticas, até mesmo em pessoas saudáveis, e resultando num modelo eficaz de medicina preventiva. Por todos estes motivos, a prática está sendo considerada o remédio da nova era, capaz de ajudar no tratamento de diversas doenças sem nenhum efeito colateral. No entanto, a meditação não é nenhuma fórmula mágica, ao contrário, requer esforço e muita disciplina. Mas a boa notícia é que basta apenas querer para começar.

Autora: Camila Ferreira

Revista: Psique Ano VI n°67 

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