Melindre não
significa somente a delicadeza no trato, o cuidado extremo em não magoar ou
ofender por palavras ou obras as pessoas. Ele também significa a facilidade de
alguém se ofender com os outros, uma exacerbada suscetibilidade, um escrúpulo, “agente
das crises da sociedade humana”.
Quem se melindra fica
indignado, se sente injustiçado com melodrama de vítima que tem piedade de si
mesma. Tem seu ego e orgulho feridos. Quem se melindra costuma ficar isolado,
emburrado, não aceitando críticas e se reservando numa retranca fechada.
Normalmente quem tem
o melindre como conduta, procura certa aceitação social para massagear seu ego
altruísta. Necessita normalmente de elogios, e se acha auto-suficiente ao ponto
de querer ver as concordâncias de opiniões alheias. Caso contrário, se sente
desprestigiado e magoado.
Quem se melindra
acaba engolindo o veneno da mágoa e se machuca com os próprios espinhos do egoísmo,
da vaidade e do orgulho. Precisamos ouvir, reter, aprender e relevar. Derrube seus
melindres antes que eles te derrubem! Até a próxima página!
Jornal: Diário da
Manhã
Autor: Leonardo Teixeira
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