quinta-feira, 18 de junho de 2015

A UMA MÃE SOLTEIRA


Na calma de umas noite serena
ouviste uma cantada, promessa
de amor para uma vida a dois.
Acariciada, comovida te entregaste.

Sequer viveste um amor romântico.
Tua flor da juventude foi cortada
e as pétalas machucada se viram.
Longe do parceiro a vida brotou.

Tua existência mudou ao teu redor.
Os olhares te culparam e te sentiste
só, na família e sem as tuas amigas.
Te sentiste desafiada e fraca, de início.

Mas depois pensaste que tinhas contigo
um tesouro em ti escondido, eras rica.
Serias corajosa, guerreira e protetora.
Teu incentivo, Deus e a criança no seio.

Serias pai e mãe sem ter com quem
dividir responsabilidades, trabalhar,
E unida à criança, esquecer os sonhos.
Lágrimas? Verteste salgadas e muitas.

Encontraste depois apoio inesperado,
Conselhos e ajudas. E quando nasceu
o fruto do teu ventre, as tuas alegrias
se multiplicaram, a neném era linda!

Tornou-se a alegria de teus pais.
O sorriso da criança, uma bênção,
a graça de Deus em tua nova vida.
Luta sofrida, mas tua fé foi maior.

Mãe solteira eu te saúdo neste canto.
Nossa Senhora te tenha sob seu manto!

Poesias de Paulo Motta

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