O CRISTO REDENTOR
Lá no alto do Corcovado, na cidade do Rio, te colocaram
como sentinela privilegiada das belezas que o Criador doou
à cidade mais bela do mundo, situada á beira do mar onde
as praias são numerosas e encantadas, e se expandem, circundando
os incontáveis morros com suas florestas atlânticas inigualáveis.
Visão primeira e universalizada em sua altitude, para todos os que
habitam na grande metrópole carioca ou a ela vêm como turistas,
és, ó Cristo, a visão esplêndida, não de um monumento maravilhoso,
mas a própria figura humana em pedra, do Filho de Deus de nacionalidade
brasileira como aqui és reconhecido por todo o povo, pela generosidade
com que tens prodigalizado tanto à terra como ao povo deste grande País.
Que o digam as pessoas que sobem para te ver e falar contigo de suas
esperanças, e os esperas carinhosamente a todos como os filhos e irmãos
espalhados por todos os recantos do mundo, e depois voltam felizes,
emocionados com o que viram e da forma como foram recebidos.
Braços abertos, olhos entristecidos, perscrutando a cidade e seu povo,
e todo o país e o mundo com suas mazelas políticas humilhantes.
As ondas bravias da baia da Guanabara, jóia rara no mapa do mundo,
se agitam abaixo da estátua num vai e vem, ora calmo, ora agitado.
Os barcos de pesca ou de turismo navegando, oferecem um visual
poético de sonhos patéticos de além mar em sua imensidão infinita.
As gaivotas voam quais asas delta em exibição de gala ou de pesca
e então buscam ao fim do afinado dia seu descanso no alto das rochas.
Quando a nevoa te encobre ó Cristo, todos esperam o sol para rever-te
e uma vez descoberto, os que no alto estão parecem estar no monte Tabor.
O luar sereno passeando no céu é um espetáculo de homenagem a ti, Cristo
tu fazes as pessoas videntes se lembrar de que o céu é também aqui na terra.
O firmamento de eterno azul é o teto desta morada do teu monumento,
uma das maravilhas de todo mundo, quiçá a maior de todas elas.
Poesias de Paulo Motta