Santo Tomás de Aquino
Nascido
em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo
de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes liberais,
ingressando, em seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a
caminho de Paris, em companhia do Geral da ordem, foi sequestrado por seus
irmãos, inconformados com seu ingresso no convento.
A
primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra
máxima - é a das relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia.
Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema, da qual a filosofia é
serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar
a existência e a natureza de Deus.
Numa
época em que a Igreja ainda buscava em Santo Agostinho
(354-430) e seus seguidores grande parte da sustentação doutrinária, Tomás de
Aquino formulou um amplo sistema filosófico que conciliava a fé cristã com o
pensamento do grego Aristóteles (384-322 a. C.) - algo que parecia impossível, até
herético, para boa parte dos teólogos da época. Não se tratava apenas de adotar
princípios opostos aos dos agostinianos - que se inspiravam no idealismo de
Platão (427-347 a.
C.) e não no realismo aristotélico - mas de trazer para dentro da Igreja um
pensador que não concebia um Deus criador nem a vida após a morte.
Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta.
Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara e distinta.
Um
exemplo de como o tomismo emprega a razão a serviço da fé cristã é o conjunto
de argumentos, todos de cunho empírico, isto é, que se demonstram por via da
experiência, que provam a existência de Deus. Eles ficaram conhecidos como as Cinco
Vias que levam a Deus. São elas:
1) Movimento: as coisas se movem. E se existe o movimento, existe
também alguém que provoca o movimento.
2) Causalidade: É impossível algo ser causa e efeito ao mesmo tempo.
Observa-se na natureza uma ordem segundo uma relação de causa e efeito. Não há
efeito sem causa.
3) Possível e necessário: As coisas podem ser e não ser. Todas as pessoas que
conhecemos e nós mesmos não existimos para sempre, somos seres contingentes.
4) Graus de perfeição: "Existe algo que é, para todos os outros entes,
causa de ser, de bondade e de toda a perfeição: nós o chamamos Deus".
5) Finalidade: trata dos seres que se movem em uma direção, que
possuem uma finalidade, o que é facilmente verificável na vida na Terra, que
progride rumo a maiores níveis de organização, desde simples bactérias até
modernas sociedades humanas.
Tomás
de Aquino acentuou a diferença entre a Filosofia, que estuda todas as coisas
pelas últimas causas através da luz da razão, e a Teologia, ciência de Deus à
luz da revelação.
Mostrou que o homem é o ponto de convergência de toda a criação e que nele se encerram,de certo modo, todas as coisas.
Ensinou que há uma união substancial entre a alma e o corpo. Isto é o fundamento maior da dignidade da pessoa humana. Esta é um corpo que está enformado por uma alma ou uma alma a enformar um corpo.
Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana para aderir ao bem ou ao mal, donde a responsabilidade moral do homem. Daí a sanção da lei: prêmio para as boas ações e punição para os atos maus.
Para ele a morte determina para sempre a alma humana quer na desordem e na infelicidade, quer na ordem e na felicidade, como está na Bíblia.
Mostrou que o homem é o ponto de convergência de toda a criação e que nele se encerram,de certo modo, todas as coisas.
Ensinou que há uma união substancial entre a alma e o corpo. Isto é o fundamento maior da dignidade da pessoa humana. Esta é um corpo que está enformado por uma alma ou uma alma a enformar um corpo.
Defendeu o livre arbítrio, ou seja, a liberdade da vontade humana para aderir ao bem ou ao mal, donde a responsabilidade moral do homem. Daí a sanção da lei: prêmio para as boas ações e punição para os atos maus.
Para ele a morte determina para sempre a alma humana quer na desordem e na infelicidade, quer na ordem e na felicidade, como está na Bíblia.
Link: http://www.mundodosfilosofos.com.br/aquino.htm
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