TRÁFICO HUMANO
As religiões podem
contribuir no combate ao tráfico, pois para além da legitima pluralidade
religiosa, a inviolabilidade da pessoa é um verdade na qual as religiões
convergem
A intensificação do
trafico de pessoas em pleno século 21 é, acima de tudo, consequência de
problemas socioeconômicos estruturais do mercado capitalista e, ademais, um
resultado da globalização e da desigualdade. O empobrecimento de regiões
inteiras
Do planeta favorece
todas as formas de tráfico.
O tráfico de seres
humanos encontra-se entre os três negócios ilícitos mais lucrativos do mundo,
movimentando uma soma estimada em 32 bilhões de dólares por ano. Calcula-se que
a cada ano 1 milhão de pessoas sejam vítimas desse crime. Segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT), em 2012 mais de 20 milhões de pessoas foram
atingidas pelo tráfico humano. Delas, 75% são de sexo feminino. As rotas
possuem conexões com o crime organizado, sobretudo com o tráfico de drogas.
O Brasil é origem, trânsito
e destino de pessoas traficadas, sendo 71% delas para a exploração sexual e 29%
para o trabalho escravo. Conforme relatório da Secretaria Nacional de Justiça
de 2012, o número de brasileiros traficados para o exterior é estimado pela Polícia
Federal em 70 mil. Por isso, o II Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de
Pessoas (2013-2016) visa reduzir as situações de vulnerabilidade; capacitar
profissionais, instituições e organizações envolvidos, no seu enfrentamento;
informar e sensibilizar a sociedade; e prevenir o crime.
A dignidade não tem
preço – O tráfico de pessoas deve ser entendido como causa e conseqüência de
violações da dignidade humana. A consciência sobre os Direitos Humanos e sobre
a inviolabilidade da liberdade exige a erradicação desse crime brutal contra os
mais vulneráveis. O Direito, as religiões, as filosofias ofereceram sua
contribuição na construção do grau de consciência ética da humanidade.
Revista: Família Cristã
Ano 80 – março de 2014 n°939
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