Problemas no coração
As pesquisas que se
dedicaram a analisar a relação entre o café e a incidência de insuficiência
cardíaca – condição em que o coração não consegue bombear quantidade suficiente
de sangue para o corpo – sempre geraram dados discrepantes. Intrigada, a
pesquisadora Elizabeth Mostofssky, da Escola de Saúde Pública da Universidade
Harvard, nos Estados Unidos, decidiu conduzir uma revisão sobre o tema. Nela,
foram avaliados mais de 140 mil indivíduos, dos quais 6 522 mil tiveram o mal.
“Percebemos que quatro doses diárias de café diminuíram em até 11% o risco de
ter o problema”, conta a cientista. Os compostos bioativos da bebida – o
destaque vai para os antioxidantes – provavelmente estão por trás da benesse.
“Ao afastar o diabete
tipo 2, eles também protegeriam contra essa doença cardíaca”, raciocina. Já o
consumo além da conta deixou o coração na corda bamba. E não é só o excesso que
abala o peito. Está comprovado que duas substâncias presentes no grão, o
cafestol e o kahweol, são capazes de elevar os níveis de colesterol no sangue,
quadro que pode ser pontapé inicial para várias complicações cardiovasculares.
“Mas, quando se usa o filtro de papel ou o coador de pano para preparar o café,
consegue-se reter boa parte dessas substâncias”, ensina Rosana Perim,gerente de
nutrição do Hospital do Coração, na capital paulista.
Dilema resolvido.
Autor: Thaís Manarini
Revista: SAÚDE
Pg.34
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