quinta-feira, 26 de junho de 2014



O ESPAÇO DOS CONTOS DE FADAS



A partir da segunda metade do século 20, dentre as atividades escolares, a Literatura infantil passou a ser valorizada não só como fonte de prazer e entretenimento, mas também como o grande agente formador da visão de mundo dos pequenos aprendizes. Devido a esse duplo valor, o “contar histórias” vem ganhando espaço nas atividade educativas com as crianças.
Numa primeira fase, são privilegiados os Contos de Fadas devido à sedução de suas histórias e, principalmente, pelo fato de testemunharem a “aventura humana” através dos séculos. Essa nova proposta pedagógica não foi aceita de imediato. Muitos analistas das áreas de Ensino puseram em dúvida o interesse que esses velhos contos poderiam ter para as crianças nos nossos tempos de internet, repletos de incríveis magias cibernéticas. Aos poucos, porém, as barreiras foram vencidas.
Há urgência de se estimular o desenvolvimento das potencialidades humanas desde o nascimento. Sem dúvida, a “varinha mágica” que deve ser usada pelos pais, mães, familiares ou responsáveis pelo nenê é a palavra. É através dos sons e falas ouvidos à sua volta  é que o nenê vai descobrindo o mundo que o rodeia, desde os entes mais familiares até os mais diversificados seres ou situações, que, com o tempo, ele descobre ao ouvir histórias ou folhear belos livros de figuras, cujos nomes alguém lhe vai ensinando. É através da palavra que a consciência individual constrói sua relação com o mundo. E a partir daí, na construção dessas relações eu - mundo, a Literatura Infantil e, principalmente, os Contos de Fadas revelam-se como grandes agentes de formação.
A leitura dos contos infantis, sem dúvida, preparará os caminhos da atividade criativa na idade adulta. É um ótimo exercício da imaginação
que se desenvolve melhor na idade infantil. Quem não leu os gibis na sua infância pode-se dizer que perdeu muito dessa idade de ouro em que o adulto vai se formando com sonhos que viram realidade na mente e na vida.

Revista: Família Cristã
Ano 77 N° 904

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