O ESPAÇO DOS CONTOS
DE FADAS
A partir da segunda
metade do século 20, dentre as atividades escolares, a Literatura infantil
passou a ser valorizada não só como fonte de prazer e entretenimento, mas
também como o grande agente formador da visão de mundo dos pequenos aprendizes.
Devido a esse duplo valor, o “contar histórias” vem ganhando espaço nas
atividade educativas com as crianças.
Numa primeira fase,
são privilegiados os Contos de Fadas devido à sedução de suas histórias e,
principalmente, pelo fato de testemunharem a “aventura humana” através dos
séculos. Essa nova proposta pedagógica não foi aceita de imediato. Muitos
analistas das áreas de Ensino puseram em dúvida o interesse que esses velhos
contos poderiam ter para as crianças nos nossos tempos de internet, repletos de
incríveis magias cibernéticas. Aos poucos, porém, as barreiras foram vencidas.
Há urgência de se
estimular o desenvolvimento das potencialidades humanas desde o nascimento. Sem
dúvida, a “varinha mágica” que deve ser usada pelos pais, mães, familiares ou
responsáveis pelo nenê é a palavra. É através dos sons e falas ouvidos à sua
volta é que o nenê vai descobrindo o
mundo que o rodeia, desde os entes mais familiares até os mais diversificados
seres ou situações, que, com o tempo, ele descobre ao ouvir histórias ou
folhear belos livros de figuras, cujos nomes alguém lhe vai ensinando. É
através da palavra que a consciência individual constrói sua relação com o
mundo. E a partir daí, na construção dessas relações eu - mundo, a Literatura
Infantil e, principalmente, os Contos de Fadas revelam-se como grandes agentes
de formação.
A leitura dos contos
infantis, sem dúvida, preparará os caminhos da atividade criativa na idade
adulta. É um ótimo exercício da imaginação
que se desenvolve
melhor na idade infantil. Quem não leu os gibis na sua infância pode-se dizer
que perdeu muito dessa idade de ouro em que o adulto vai se formando com sonhos
que viram realidade na mente e na vida.
Revista: Família Cristã
Ano 77 N° 904
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