quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A ALEGRIA DO EVANGELHO


“Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 19,19)

“A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus”. Assim começa a Evangelli gaudium, Exortação Apostólica na qual o Papa Francisco trata do tema do anúncio do Evangelho no mundo de hoje.
“Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados”
“Assim como o mandamento ‘não matar’ põe um limite claro para assegurar o valor da vida humana, assim também hoje devemos dizer ‘não a uma economia da exclusão e da desigualdade social’. Esta economia mata. Não é possível que a morte por enregelamento dum idoso sem abrigo não seja notícia, enquanto o é a descida de dois pontos na Bolsa. Isto é exclusão. Não se pode tolerar mais o fato de se lançar comida no lixo, quando há pessoas que passam fome. Isto é desigualdade social. Hoje, tudo entra no jogo da competitividade e da lei do mais forte, onde o poderoso engole o mais fraco. Em conseqüência desta situação, grandes massas da população vêem-se excluídas e marginalizadas: sem trabalho, sem saída.
O ser humano é considerado, em si mesmo, como um bem de consumo que se pode usar e depois lançar fora. (...) Os excluídos não são ‘explorados’, mas resíduos, ‘sobras’.
“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionando mais à evangelização do mundo atual que à autopreservação. A reforma das estruturas, que a conversão pastoral exige, só se pode entender neste sentido: fazer com que todas elas se tornem mais missionárias, que a pastoral ordinária em todas as suas instâncias seja mais comunicativa e aberta”
“Não podemos pretender que todos os povos dos vários continentes, ao exprimir a fé cristã, imitem as modalidades adotadas pelos povos europeus num determinado momento da história, porque a fé não se pode confinar dentro dos limites de compreensão e expressão duma cultura. É indiscutível que uma única cultura não esgota o mistério da redenção de Cristo”

Revista Ave Maria

Ano 115.Janeiro 2014

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